Resumo
O objetivo deste documento é abordar o que tem sido a grande "fissura" dos "Princípios da Filosofia do Direito": o enorme aumento da pobreza no coração das sociedades industriais modernas. De sua filosofia cinza, desprovida de soluções, Hegel fornece uma filosofia política cuja estrutura lógica e coerência não escapa ao ritmo da negatividade que todos os eventos históricos possuem, levando em conta as contradições dos próprios elementos que vertebram essa realidade tal como ela é. Neste sentido, a pobreza não será mais vista como mero dano colateral de abundância ou como uma intrusão externa dentro da sociedade civil e em confronto com o Estado, mas como a base da própria ordem existente. A leitura de Hegel levará a uma abordagem das próprias "fissuras" da realidade e, mais especialmente, aos limites da racionalidade moderna, cujo nível de abstração e desapego da realidade parece gerar um empilhamento imparável de lixo que é impossível de ser coletado.
Referências
Buchwalter, A. (2015). La pobreza y la concepción hegeliana del derecho como eticidad reflexiva. Bajo palabra. Revista de filosofía, 2(10), 31-44. https://doi.org/10.15366/bp2015.10.002
Burck-Morss, S. (2005). Hegel y Haití. La dialéctica del amo y del esclavo. Norma
Duque, F. (2008). Hegel: pensador de una era convulsa, entre la revolución y la restauración. Daimon Revista Internacional de Filosofia, 63-80.
Gramsci, A, (1984). Los intelectuales y la organización de la cultura. Trad. de Raúl Sciarreta. Nueva Visión.
Hegel, G. W. F. (1997). Enciclopedia de las ciencias filosóficas. Alianza Editorial.
Hegel, G. W. F. (1999). Principios de la filosofía del derecho. Trad. y pról. de Juan Luís Vermal. Edhasa.
León, A. N., & Moya, P. P. (2019). Hegel y la economía política: Contribuciones para un debate histórico y filológico. Límite: revista de filosofía y psicología, (14), 15. https://doi.org/10.4067/S0718-50652019000100215
Lukács, G., & Hegel, G. W. F. (1985). El joven Hegel y los problemas de la sociedad capitalista.
Marx, K. (1968). Introducción para la crítica de La filosofía del derecho de Hegel. Ediciones del Signo.
Marx, K. (2001). Manuscritos Económicos y filosóficos. Primera Edición: En Marx/Engels Gesamtausgabe, Abt. 1, Bd. 3, 1932. Biblioteca Virtual. Espartaco.
Polanyi, K. (2007). La gran transformación: crítica del liberalismo económico. Fondo de Cultura Económica.
Žižek, S. (2015). Menos que nada: Hegel y la sombra del materialismo dialéctico. Ediciones Akal.

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2022 Andrés Pérez