Resumo
O artigo se propõe a analisar a relação entre violência e lei na filosofia inicial de Hegel, traçando o conceito de positividade nos textos de sua juventude (com ênfase particular nos fragmentos de Frankfurt conhecidos como "O Espírito do Cristianismo e seu Destino") em paralelo com a análise da liberdade absoluta e do terror na Fenomenologia do Espírito. A tese central é que as noções de desaparecimento e terror, apresentadas neste artigo como dois momentos distintos na análise desta figura de consciência na Fenomenologia, nada mais são do que as faces mais extremas, levadas até suas últimas conseqüências no mundo prático, do que Hegel em seus primeiros escritos já havia desenvolvido como as duas faces da positividade. As ferramentas conceituais que Hegel desenvolve ao longo de seus escritos de Frankfurt, e que são colocadas à prova na Fenomenologia, são úteis para compreender o aspecto crítico do que Hegel apresenta como o risco de violência radical, alojado no coração de uma interpretação paradigmaticamente moderna da soberania, e de seus desenvolvimentos conceituais e históricos nas noções modernas (positivas) de direito e ação estatal que a pressupõem.
Referências
Acosta López, M.R. (2011). Tragedia y perdón en la Fenomenología del Espíritu: hacia una relectura del pensamiento hegeliano sobre la comunidad. Revista Pléyade, 7(1), 105-128. http://www.revistapleyade.cl/index.php/OJS/article/view/244
Acosta López, M.R. (2012). Hegel and Derrida on Forgiveness: The Impossible at the Core of the Political. Derrida Today, 5(1), 55-68. https://doi.org/10.3366/drt.2012.0028
Acosta López, M.R. (2013). La ley como reproducción de la violencia: reflexiones tempranas de Hegel sobre comunidad, inoperancia e interrupción. En, M.R. Acosta, C. Manrique. (Eds.). A la sombra de lo político: violencias institucionales y transformaciones de lo común, (pp. 15-44). Universidad de los Andes.
Acosta López, M.R. (2014). The Gorgon’s Head: Hegel on Law and Violence in the Frankfurt Fragments. New Centennial Review, 14(2), 29-48. https://doi.org/10.14321/crnewcentrevi.14.2.0029
Acosta López, M.R. (2017) On Positivity and Violence in Hegel’s Early Theological Writings. En, E. Sembou. (Ed.) The Young Hegel and Religion, (pp. 93-118). Peter Lang
Arendt, H. (2006) Los orígenes del totalitarismo. Alianza
Bargu, B. (2014) Sovereignty as Erasure. Qui Parle: Critical Humanities and Social Sciences, 23(1), 35-75. https://doi.org/10.5250/quiparle.23.1.0035
Benjamin, W. (1999) Para una crítica de la violencia. En, H.A. Murena (Ed.) Ensayos escogidos (pp. 109-129) Ediciones Coyoacán
Bernstein, J.M. (1996) Confession and Forgiveness: Hegel’s Poetics of Action. En, R. Elridge. (Ed.) Beyond Representation: Philosophy and Poetic Imagination (pp. 34-65) Cambridge University Press
Butler, J. (2010) Marcos de la guerra: las vidas lloradas. Paidós
Cadahia, L. (2017) Mediaciones de lo sensible: hacia una economía crítica de los dispositivos. Fondo de Cultura Económica
Cavarero, A. (2009) Horrorismo. Nombrando la violencia contemporánea. Anthropos
Comaroff, J. & J. (2006). Criminal Obsessions, after Foucault. Postcoloniality, Policing and the Metaphysics of Disorder. En, J. Comaroff, J. Comaroff. (Eds.) Law and Disorder in the Postcolony, (pp. 273-298). The University of Chicago Press
Hamacher, W. (2014) On the Right to Have Rights: Human Rights; Marx and Arendt. New Centennial Review 14(2), 169-214. https://doi.org/10.14321/crnewcentrevi.14.2.0169
Hartman, S. (1997) Scenes of Subjection: Terror, Slavery, and Self-Making in Nineteenth Century America. Oxford University Press.
Hegel, G.W.F. (1966). Fenomenología del Espíritu. Trad. Wenceslao Roces. Fondo de Cultura Económica.
Hegel, G.W.F. (1971) Werke I, Frühe Schriften. Suhrkamp
Hegel, G.W.F. (1978) Escritos de juventud. Trad. José María Ripalda. Fondo de Cultura Económica.
Hegel, G.W.F. (1986) Phänomenologie des Geistes. Suhrkamp
Mascat, J. (2011). Hegel a Jena. La critica dell’astrazione. Pensa MultiMedia Editore
Mbembe, A. (2003) Necropolitics. Public Culture, 15(1), 11-40. https://doi.org/10.1215/08992363-15-1-11
Mbembe, A. (2019) Necro-politics. Duke
Norris, A. (2012). The Disappearance of the French Revolution in Hegel’s Phenomenology of Spirit. Owl of Minerva, 44(1-2), 37-66. https://doi.org/10.5840/owl201310211
Nuzzo, A. (2011) Arbitrariness and Freedom: Hegel on Rousseau and Revolution. En, R. Lauristen, M. Thorup. (Eds.) Rousseau and Revolution, (pp. 64-82). Continuum
Nuzzo, A. (2018) Approaching Hegel’s Logic, Obliquely. SUNY press
Ortiz Gómez, L. (2021) Sofoco. Laguna libros
Zambrana, R. (2015) Hegel’s Theory of Intelligibility. The University of Chicago Press

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 María del Rosario Acosta López
