Resumen
O presente artigo visa analisar a atuação da União dos Estudantes Secundaristas do Amapá, durante a ditadura civil-militar no Brasil, em específico, como se deu a deliberação de apoio da entidade ao golpe. Para tanto, foi necessário analisar as peculiaridades da recepção do regime autoritário no então Território Federal do Amapá, o Movimento Estudantil de forma ampla, os aspectos constitutivos da União dos Estudantes Secundaristas do Amapá, suas divisões e seu desenvolvimento diante do golpe. O objetivo com isso, foi traçar as correspondências existentes entre esses aspectos e as ações de apoio que se sucederam em nome da entidade. O artigo baseou-se em fontes bibliográficas sobre o tema e em depoimentos cedidos pela Comissão Estadual da Verdade do Amapá, disponibilizados durante a construção do relatório publicado no ano de 2017. Dentre os resultados, foi possível visualizar que a atuação da União dos Estudantes Secundaristas do Amapá foi bem mais do que um apoio ao regime militar, mas fora heterogênea, e teve sua trajetória ligada a características do território, ao poder, ao regionalismo, às classes e muitos outros aspectos que influenciaram a tomada de decisões de grupos dentro da entidade.
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